terça-feira, 18 de outubro de 2011

A "mística daquelas camisas" se confunde com a história do futebol cearense...

De Fortaleza.


É, amigos. Aqui estou, escrevendo essas mal-traçadas linhas, para fazer algo diferente do habitual. O jornalismo exige uma conduta racional, imparcial... Conduta essa que todos nós tentamos seguir à risca. Mas hoje, é um dia diferente. O jornalista é antes de tudo, ser humano. E o ser humano ama. Sim, há um lindo sentimento que simplesmente brota do coração, incontrolável e inquestionável. Pois essa que vos escreve, neste dia especial, faz singela homenagem ao clube pela qual é apaixonada: o Fortaleza Esporte Clube, e deixa as linhas seguintes fluirem com a emoção.

E em 18 de outubro de 1918, nascia o tricolor de aço. Um clube que, pelo começo simples e aguerrido, ninguém poderia imaginar que simplesmente se tornaria o maior (legítimo) campeão estadual, detentor da maior e mais apaixonada torcida do estado. 93 anos se passaram, e o que se vê é exatamente isso: um amor quase mágico, capaz de superar uma série de obstáculos para apoiar incondicionalmente o Fortaleza Esporte Clube.

Títulos e mais títulos chegavam ao Pici , conquistados por gerações de ouro. Grandes craques da bola simplesmente enchiam de orgulho os corações "vermelho, azul e branco". Ano após ano, título após título, glória após glória, via-se o clube crescer rapidamente: De 3ª do estado, à 1ª, em poucas décadas. O título mais importante era o de "Clube da Garotada", detentor da torcida que mais cresce e aparece. Cada vez mais, as crianças ficavam fascinadas com o espetáculo de cores que simplesmente jorrava do manto tricolor.

Disse certa vez o tricolor Ricardo Kelmer uma frase que explicava seu amor incondicional ao time e ficaria imortalizada na boca da torcida tricolor: "A mística daquelas camisas..." E ao longo da história tricolor, não faltaram momentos de pura mística, magia e comoção. Em 2004 subiu para a Série A quando tinha apenas 2% de chances. Em 1991 o Ceará o vencia por 2 x 0 e o Leão virou o jogo para 4 x 2, em virada inesquecível. Na final do primeiro turno cearense em 2010, o Guarany de Sobral vencia em pleno Castelão por 4 a 1, e o leão não só empatou, como venceu nos pênaltis. Em outra dessas partidas emocionantes, em 2002, o Fortaleza goleia o Jundiaí fora de casa por 6 x 1 e volta para a Primeira Divisão.

Histórias não faltam. E todas elas estão gravadas na memória e no coração tricolor. Todas elas são maiores do que os problemas atuais, que não são poucos, mas que também não apagam a glória de uma história de 93 anos. O time "combativo, aguerrido, vibrante e forte", cuja glória é "lutar e vencer, também", mostra ao mundo que é apenas um gigante adormecido. Quando a "mística daquelas camisas" nos resgatar do abismo em que nos encontramos, rugiremos bem alto, tal qual leão amordaçado, querendo gritar e sedento de novas vitórias.

Tua história simplesmente não pode ser apagada. Por que de tal forma, não existira a glória que se encontra no nossso amado futebol cearense. Ficaria faltando alguma coisa, em especial. Talvez, justamente, a "mística daquelas camisas", que simplesmente abocanhou o meu coração e o de uma nação inteira... "Receba um sincero, abraço da torcida tão leal, meu Tricolor de Aço!"

Nenhum comentário:

Postar um comentário